Por determinação de Sergio Moro, nove governadores e três senadores da República foram impedidos, nesta terça (10), de visitarem Lula na carceragem da Polícia Federal em Curitiba e, na visão de Flávio Dino (PCdoB), "isso reforça que estamos diante de graves e reiteradas violações do direito do ex-presidente".
"Lula está preso e estamos sendo impedidos de fazer uma visita, que é tida como um privilégio, contrariando a lei", apontou o governador do Maranhão.
Dino foi juiz de Vara de Execuções Penais e afirma que está previsto em lei que advogados, familiares e amigos têm direito de visitar os presos. "Estamos diante de uma situação atípica e esdrúxula", afirmou.
"Só haveria sentido esse entendimento [de Moro, que só permite visitas a Lula uma vez por semana, na quarta-feira] se houvesse risco aos direitos ou integridade dos presos, ou violação de ordem pública. São 9 governadores de estado e 3 senadores da República, isso não se justifica."
Dino ainda disse que os governadores sairam do protesto em frente a sede da PF "particularmente indignados com o fato de isso [a visita] ser classificado como regalia ou privilégio. Regalia ou privilégio é aquilo que não está na lei", disparou.
"A lei é para todos, e que ninguém não está acima da lei, e sabemos disso, tanto que queremos que Lula tenha seu direito de acordo com a lei."
Ao final, sem conseguir a visita, os governadores escreveram uma carta em apoio e solidariedade a Lula.
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