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Instituto Chico Mendes(ICMBIO) | Reserva Extrativista Arapiranga-Tromaí, em Carutapera e Luís Domingues

A Reserva Extrativista Arapiranga-Tromaí, localizada nos municípios de Carutapera e Luís Domingues, no litoral norte do Maranhão. Tem por objetivos proteger os recursos naturais renováveis tradicionalmente utilizados pela população extrativista residente na área de sua abrangência, com respeito e valorização de seu conhecimento e de sua cultura para promovê-las social e economicamente; proteger as espécies marinhas da fauna ameaçada de extinção, principalmente as áreas de reprodução, de alimentação e de abrigo do peixe-boi marinho (Trichechus manatus); proteger os pontos de descanso, de alimentação e de reprodução de espécies de aves migratórias nas rotas neotropicais; e conservar os bens e os serviços ambientais costeiros prestados pelos manguezais, as praias, os campos de dunas e as lagunas da região. Criada pelo Decreto Nº 9.339, de 5 de abril de 2018, a unidade beneficiará 5 mil famílias.

Segundo a coordenadora do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT/ICMBio), Gabriele Soeiro, Arapiranga-Tromaí já começa à frente de várias unidades porque já há uma cooperativa de pesca consolidada dentro da unidade, além de uma colônia de pescadores ativa. “A cooperativa existe há 18 anos. Hoje que estão começando a nascer cooperativas dentro das nossas Resex, estamos trabalhando com isso. Então eles já estão um passo à frente. Além disso, discussões e preocupação com as questões ambientais acontecem na região desde a década de 1980, período que nem o ICMBio existia ainda”, comenta a coordenadora.

O presidente da Cooperativa de Pescadores Artesanais de Carutapera, José Carlos Diniz, afirma que em 1980 que ele começou a trabalhar na direção da Colônia de Pescadores Candido Loureiro e que, desde então, os pescadores têm se preocupado em mater a pesca artesanal e explorar, de forma mais sustentável, os recursos na região. “Temos a consciência e preocupação de que os recursos são finitos e a manutenção desses recursos vai depender da forma como vamos coletá-los”, explica Diniz.

Outra grande preocupação dentro da unidade é a preservação da pescada amarela. O peixe possui um grande valor agregado, não somente pela carne, mas, principalmente, pela comercialização da bexiga natatória, conhecida entre os pescadores como “grude”, matéria-prima para sutura cirúrgica. A “iguaria” é retirada dos peixes ainda em alto mar e colocada para secar. Em Carutapera, o quilo do “grude” pode chegar a mais de mil reais.

“Temos grandes possibilidades com a criação da Resex. Entre elas construir um plano de manejo e fazer os acordos de pesca. Eu sei que teremos uma tarefa muito difícil. Temos que conversar e convencer os pescadores de que eles têm na mão um instrumento de construção social e de cidadania muito grande. Se cada pescador entender que a reserva é um espaço que ele pode construir a política, ele vai se empoderar”, destaca Diniz.


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1 Comentários

  1. Eu como vice presidente da Colônia Z01 Cândido Loureiro e articulador dos pescadores já abracei essa causa

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